Desde a pré-história, as técnicas de agronomia
acompanham o homem e permitem que sua existência no planeta seja preservada. Já
pensou nisso? Ela foi fator fundamental para que o homem deixasse de ser
nômade/caçador, para se tornar sedentário/cultivador de alimentos. De lá para
cá, a agronomia ganhou espaço dentro do mundo acadêmico. O primeiro curso data
de 1986. A princípio, o mais importante era produzir o máximo de alimentos
possível. Depois, passou-se a observar, também, a qualidade do que era
produzido. Por fim, hoje em dia, a necessidade global alia a preocupação com
quantidade e qualidade. É grande o desafio de alimentar toda a população mundial
e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. Por isso, a profissão está em
alta, é bem-valorizada pelo mercado. Além disso, é recompensador desenvolver uma
carreira trabalhando diretamente com questões tão relevantes.
O curso se
baseia em biologia e química. Entretanto, se você é do tipo que gosta dessas
disciplinas, mas tem certa rejeição às ciências exatas, deve ficar ligado. A
agronomia está muito perto da engenharia. Para aproveitar bem o tempo da
faculdade, é preciso ter boa base de matemática. Na escola, o estudante aprende
a criar e desenvolver projetos de irrigação e de construções rurais, como
celeiros, por exemplo. Inclusive, já é bom saber: o bacharel em agronomia é um
engenheiro agrônomo.
As novas tecnologias informatizaram a agronomia e
criaram a demanda por profissionais mais preparados. O maquinário agrícola está
cada dia mais moderno, é comum o uso do GPS nas plantações, e as sementes estão
mais “turbinadas”, por meio do melhoramento genético.
Engana-se quem
pensa que o profissional formado em agronomia está fadado a passar o resto de
sua vida no campo. “Ele põe a botina e vai para a roça, mas também coloca o
jaleco e vai para o laboratório”, explica Luiz Antônio Augusto Gomes,
coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal de Lavras. Além disso,
ele pode ocupar espaços noutros setores: das empresas públicas e privadas ao
mercado financeiro. A agricultura é uma das grandes responsáveis pela geração de
riqueza no Brasil e no exterior e o engenheiro agrônomo se beneficia disso,
atuando como pesquisador, administrador, consultor analista de marketing,
comércio exterior ou de outros setores.
O papel principal do engenheiro
agrônomo é dar melhor condição de vida ao produtor e ao trabalhador rural,
sempre respeitando a natureza. Tal ação favorece toda a sociedade, inclusive a
parte dela que se concentra nas cidades, longe do campo.
O professor
José Maria, coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal de Viçosa
(UFV) lembra que, apenas muito recentemente, a partir do ano 2000, a carreira
passou a fazer sucesso entre os vestibulandos e a procura continua crescente. A
razão? “A agronomia e outras faculdades correlatas está em alta e continuará
assim por muito tempo, porque o Brasil é um país eminentemente agrícola.
Produzimos para o mercado interno e externo. Podemos nos consolidar como o
celeiro do mundo, o que aumentará nossa importância”, dimensiona o professor.
Quem se forma continua sempre estudando. A agronomia tem a
especificidade de permitir que o profissional alie o estudo e a prática no
dia-a-dia. Fazer pós-graduação, mestrado ou doutorado é boa idéia. Mas,
independentemente disso, o engenheiro agrônomo recorre à pesquisa e aos livros
em seus afazeres cotidianos, para verificar a melhor forma de manejar o solo ou
a maneira ideal de armazenar um certo tipo de alimento. “Ao lado da medicina, a
agronomia é uma das profissões que trazem mais estabilidade. Além disso, como o
médico, o engenheiro agrônomo desempenha papel importantíssimo para a sociedade,
cuidando não só das plantações como do solo, da água, dos animais que fazem
parte do processo agrícola”, compara José Maria.
Quem marca um “X” em
frente ao nome do curso de agronomia na ficha de inscrição do vestibular opta
por uma profissão que se iniciou nos primórdios da história da humanidade. Se
seguir em frente nessa escolha o engenheiro agrônomo poderá cooperar pra que as
condições de vida no planeta sejam suficientes pra que várias outras gerações de
homens e bichos convivam por aqui. Um desafio e tanto que só pode ser cumprido
com estudo, dedicação e uma pitada de idealismo. Se você preenche esses
requisitos, pode fazer o “X”. Sem receio.
VESTIBULAR
Minas Gerais tem tradição no curso. A
Universidade Federal de Lavras e a Universidade Federal de Viçosa são duas das
melhores escolas de agronomia do país.
QUANTO GANHA
Piso salarial: Oito
salários mínimos e meio
TESTE
Vou ser agrônomo?
Acho que vou arrasar nessa profissão, porque...
a) Gostei da parte de usar botinas. Fiquei pensando em
mil formas de customizar as minhas... Acho que umas borboletas roxas ou listras
brancas cairiam bem.
b) Gosto de química, biologia,
matemática e acho empolgante ter a oportunidade de construir coisas.
c) Amo a vida no campo: leite fresquinho, broa, doce
feito no tacho, igual na casa da minha avó. Imagina comer esse lanchinho, a cada
intervalo do trabalho!
Num dia típico de trabalho, o engenheiro
agrônomo...
a) Auxilia o produtor e o
trabalhador rural, pra que eles tenham lucro sem prejudicar a natureza.
b) Fica montado no cavalo, inspecionando as plantações,
as pedras, as borboletas. O negócio é inspecionar.
c) A
tecnologia revolucionou a agricultura. Então, acho que ele inspeciona as
plantas, pedras e borboletas de dentro do carro. Não fala alguma coisa de GPS no
terceiro parágrafo?
Só desanimaria de ser agrônomo
se...
a) A preocupação atual com a produção de
alimentos não levasse em consideração a importância de preservar o planeta.
b) Eu tivesse que trabalhar sempre na roça. Ia ficar
com saudade de umas buzinas, de uns congestionamentos na hora do rush...
c) Fosse necessário estudar muito. Peraí: precisa
estudar muito? Ixi...Tô fora!
Se marcou b/a/a, você tem
futuro
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