sexta-feira, 30 de março de 2012

Só o Brasil tem autoridade moral para dizer que é sustentável


Em Londres, Kátia defende novo Código Florestal para aumentar produção sustentável de alimentos

Senadora garante que nova lei não contém nenhum artigo que preveja o aumento do desmatamento
Da Redação

Foto: Divulgação/CNA
Kátia Abreu: "Só o Brasil tem autoridade moral para dizer que é sustentável"
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD), destacou, nessa quinta-feira, 29, em Londres, na Inglaterra, a importância do novo Código Florestal para o aumento da produção de alimentos de forma sustentável. Conforme sua Assessoria de Comunicação, a senadora afirmou durante a Cúpula de Agricultura Sustentável, promovida pelo jornal Financial Times, que "só o Brasil tem autoridade moral para dizer que é sustentável". "Porque se enquadra nos três pilares de sustentabilidade hoje defendidos pelos organismos internacionais: social, econômico e ambiental”, justificou Kátia.

Segundo ele, o País é a sexta economia do mundo, tem 56% da população na classe média e, do ponto de vista ambiental, 61% de preservação dos biomas. “Isso mostra que o Brasil não descuida da questão social e tampouco da ambiental”, disse ela.

Durante sua apresentação, a presidente da CNA ressaltou que o agronegócio no Brasil hoje representa 37% de todos os empregos no País, 22% do Produto Interno Bruto (PIB) e 37% de todas as exportações, sendo responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira nos últimos 15 anos. Em seu discurso, ela também destacou a criação do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), em que o Governo destinou quase US$ 2 bilhões em créditos com juros baixos para que os produtores recuperem as áreas degradadas.

Ainda de acordo com sua assessoria, a senadora ainda rebateu críticas de ONGs ambientais, que argumentam que o novo Código Florestal vai aumentar o desmatamento no Brasil e dar anistia a desmatadores. Ela garantiu que a nova lei não contém nenhum artigo que preveja o aumento do desmatamento e, sobre a anistia, esclareceu que os produtores que quiserem ficar livres de suas multas serão obrigados a recuperar as áreas desmatadas. “Ou seja, não há perdão puro e simples. As multas serão convertidas em serviços de recuperação ambiental”, disse.

A presidente da CNA também salientou o amplo apoio dos parlamentares ao novo Código: ”A frente ambientalista possui 237 deputados, mas na votação da Câmara de Deputados, o Código Florestal foi aprovado com apenas 63 votos contrários e uma abstenção. Isso mostra que o projeto tem apoio até mesmo entre os ambientalistas”, disse. Segundo a senadora Kátia Abreu, a decisão pelo voto é exemplo da democracia que vive o Brasil e que o País quer continuar crescendo de forma sustentável.

Conheça mais sobre o Mogno Africano...


Considerado “ouro verde”, mogno africano é tema de seminário em Minas Gerais

Interessados em investir na produção da madeira nobre terão oportunidade de conhecer o processo produtivo

por Globo Rural On-line
Silvestre Silva
Móveis, construção civil, instrumentos musicais, construção naval, dentre outros usos. Alto rendimento – mais de R$ 2,3 mil por metro cúbico de madeira, e uma média de 300 a 500 metros cúbicos por hectare. Crescimento mais rápido, resistência maior às pragas. Todas essas características fazem do mogno africano (Khaya ivorensis) uma cultura que desperta o interesse de produtores rurais brasileiros.

O “ouro verde” será tema, nos próximos dias 30 e 31 de março, do1º Seminário Brasileiro Mogno Africano, em Pirapora (MG). A expectativa é de reunir cerca de mil pessoas para troca de experiências e informações sobre o mercado interno e externo de madeiras nobres.

O evento, que será realizado a cada dois anos em um estado brasileiro, é promovido pela Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA), com patrocínio de entidades privadas e governamentais. A programação será divida entre as palestras no Centro de Convenções de Pirapora, na sexta-feira (30), e o Dia de Campo, na Fazenda Atlântica Agropecuária, no sábado (31). Os participantes farão uma visita ao campo experimental de madeiras nobres, ao plantio de mogno africano irrigado e também uma demonstração ao vivo do plantio de mogno africano. A programação inclui também o lançamento do livro “Ecologia, Silvicultura e Tecnologia de Utilização dos Mognos Africanos”, com a presença de um dos autores, o professor da Universidade Federal de Viçosa, Antônio Lelis Pinheiro.

Estima-se que hoje exista, no Brasil, uma área de floresta plantada entre 10 a 12 mil hectares, sendo metade na região norte do país. “Queremos divulgar e informar a outros empresários rurais que tenham áreas disponíveis para plantio, pois o mogno africano já é um grande negócio na atualidade e a tendência é de aumento do interesse e da demanda do mercado. A aposta é que o mogno africano despontará como a madeira nobre cultivada mais divulgada, usada e lucrativa do país, em um futuro próximo”, explica Ricardo Tavares, sócio-proprietário da Atlântica Agropecuária. Em três fazendas, Tavares já concentra 550 hectares e pretende chegar a mil hectares até o final de 2012.

De acordo com o diretor do viveiro goiano Mudas Nobres, o engenheiro agronômo Canrobert Tormin Borges, uma das vantagens é a possibilidade de consorciar a floresta e as outras atividades rurais que sejam do interesse do produtor, a exemplo da pecuária. “Nos primeiros anos é perfeitamente possível o consórcio com outras culturas agrícolas, como milho, soja, arroz, mandioca; frutíferas, como maracujá, café, açaí. A partir do terceiro ano é possível colocar gado na área”, explica.

 Mais informações
(38) 3741-4738

Código Florestal: veto é a única saída para evitar um grande retrocesso.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que reúne 180 entidades, divulgou manifesto pelo veto global da reforma do Código Florestal. “Entendemos que o veto global é a única atitude política que a presidente da república poderá sustentar como Chefe de Estado. A única condizente com sua palavra e com suas promessas de campanha, quando assumiu publicamente o compromisso de vetar qualquer projeto que promova anistias ou incentive mais desmatamento”, diz um trecho do documento, que relaciona razões científicas, econômicas e políticas para o veto.
Leia abaixo a íntegra do manifesto:
 
Há quase dois anos o Congresso Nacional vem debatendo modificações no Código Florestal. Apesar das diversas manifestações de cientistas, juristas, pequenos e pequenas agricultoras, ambientalistas e organizações sociais e sindicais das mais variadas áreas, denunciando os efeitos perversos que as alterações propostas trarão para o presente e futuro do equilíbrio socioambiental no país, deputados e senadores aprovaram textos que premiam os que deliberadamente afrontaram a lei e a sociedade, desobrigando a recuperação da grande maioria das áreas ilegalmente desmatadas, anulando as punições impostas até hoje e nada dando aos que cumpriram a lei e protegeram as florestas existentes em suas terras.

A votação final na Câmara dos Deputados não poderá mais consertar os erros cometidos durante todo o processo legislativo. O texto que vier a ser aprovado, mesmo que em nada altere aquele que veio do Senado Federal, inevitavelmente trará anistias, diminuirá a proteção de áreas preservadas e, consequentemente, incentivará o aumento do desmatamento, sendo em seu saldo final apenas a reprodução dos interesses mais imediatos de uma pequena parcela da sociedade.
Se o Congresso Nacional chancelar esse texto, não só as montanhas irregularmente desmatadas poderão continuar sendo ocupadas de forma insustentável (arts.11 e 64) – o que leva aos desmoronamentos que se sucedem ano a ano, levando vidas e patrimônio – como os rios e as nascentes, nossas fontes de água, estarão desprotegidos.

Pelo projeto aprovado no Senado, as matas ciliares que foram ilegalmente derrubadas para dar lugar a alguma atividade agropecuária – pastagens de baixíssima produtividade em sua maioria – terão que ser recuperadas, no máximo, em metade do tamanho que deveria haver sido preservado (art.62). O que foi usurpado da sociedade será devolvido pela metade da exigência vigente. E a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, maior organização científica do país, já deixou claro: recuperar apenas metade não adianta, e essa anistia será a sentença de morte para grande parte dos rios hoje agonizantes pelo avanço desmedido do desmatamento, justamente os que servem para abastecer a maior parte da população brasileira, sejam do campo ou das cidades.

Os manguezais, áreas fundamentais para o equilíbrio da vida marinha em praticamente toda a costa brasileira, fonte de recursos para centenas de milhares de famílias de pescadores e extrativistas, foram vergonhosamente desconsiderados durante o processo legislativo. Para os deputados, pressionados pelo lobby dos criadores de camarão, eles não merecem mais proteção. Para os senadores, deve haver proteção, mas todas as áreas que foram ilegalmente destruídas estarão legalizadas (art.65).
Mas a anistia não atinge apenas as áreas de preservação permanente, como as matas ciliares, as que protegem as montanhas e os manguezais. Pelo projeto, aqueles que ilegalmente desmataram sua Reserva Legal – áreas fundamentais para a conservação da biodiversidade e para o equilíbrio climático regional – não precisarão recuperá-las (art.70). Basta que aleguem, com simples declarações, que a área já havia sido desmatada há décadas, antes de a lei exigir sua proteção (1934). Ou que sejam proprietários de fazendas com menos de 4 módulos fiscais, mesmo que sejam várias (art.69).

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, isso significa que 67% das áreas irregularmente desmatadas na Mata Atlântica deixarão de ser recuperadas e, assim,  nosso bioma mais ameaçado jamais se recuperará. Os poucos proprietários que forem obrigados a  recuperar algo, poderão fazê-lo com plantações de eucalipto ou dendê (art.68, §3o), desfigurando totalmente a função ambiental e social que essas áreas deveriam prestar à sociedade e à biodiversidade.

 Além da anistia aos desmatadores ilegais, o projeto também fragiliza a proteção das florestas hoje existentes. Uma sutil mudança na forma de medir as Áreas de Preservação Permanente - APPs (art.4o) automaticamente retirará a proteção a cerca de 400 mil km2 de várzeas e igapós amazônicos - área maior que a do Mato Grosso do Sul - incentivando sua ocupação irresponsável e afetando toda a população que depende da pesca para a sobrevivência. Os manguezais, hoje protegidos, para além daquilo que foi anistiado, poderão ser parcialmente ocupados por fazendas de camarão (carcinicultura) e salinas (art.12). Segundo dados do Prof. Gerd Sparoveck (ESALQ/USP), cerca de 20 milhões de hectares de florestas preservadas deixarão de ter mecanismos de proteção, já que, com as anistias, não haverá mais demanda para compensar grande parte das áreas ilegalmente desmatadas.

Somando-se os diversos dispositivos que diminuem a proteção às florestas existentes, aos que anistiam o desmatamento ilegal, o projeto é claramente um salvo-conduto a mais desmatamentos.
Portanto, pelas razões aqui expostas, e ainda considerando que o resultado desse processo legislativo não levou em consideração os interesses da grande maioria da sociedade, o Comitê Brasil em Defesa das Florestas, coalizão de cerca de 180 entidades da sociedade civil, vem a público manifestar-se pelo veto global ao projeto.

Entendemos que o veto global é a única atitude política que a Presidente da República poderá sustentar como Chefe de Estado. A única condizente com sua palavra e com suas promessas de campanha, quando assumiu publicamente o compromisso de vetar qualquer projeto que promova anistias ou incentive mais desmatamento.

Entendemos também que tal decisão deve ser acompanhada de um pacote de medidas que mude o atual patamar de discussão, facilitando a aplicação da legislação hoje em vigor sem penalizar a agricultura familiar e campesina, premiando aqueles que cumpriram a lei e incentivando os demais a cumpri-la e diferenciando os que assumiram áreas com desmatamentos feitos há muitas décadas, daqueles que avançaram sobre as florestas cientes de que estavam cometendo crime ambiental.

Além disso, medidas que melhorem o processo de averbação de reserva legal, de compensação e recuperação de passivos acompanhadas de um robusto plano de financiamento e apoio técnico à recomposição florestal e bom manejo de áreas de preservação permanente e de reservas legais - inclusive para uso econômico, podem significar um novo ponto de partida, onde o desenvolvimento econômico e a produção agropecuária brasileira se deem baseadas no investimento de novas tecnologias e no melhor aproveitamento das áreas já desmatadas e assegurando plenas condições aos produtores rurais que quiserem cumprir a lei de fazê-lo, separando-os, desta forma, dos oportunistas e descompromissados com o futuro do país.

quinta-feira, 29 de março de 2012


Atribuições do engenheiro agrônomo
Eng. Agr. Paulo Ricardo Dias da Silva
Assessor Técnico da Câmara de Agronomia

As atribuições profissionais do Engenheiro Agrônomo estão definidas de forma genérica pela Lei Federal N.º 5.194/66, que "Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, e dá outras providências", em seu art. 7°, nos seguintes termos:

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Cabe destacar que a referida Lei é regulamentada por Resoluções do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, conforme estabelece o seu art. 27 alínea "f" tendo, portanto, essas resoluções, força de Decreto Regulamentador.

As atribuições do Engenheiro Agrônomo, estão previstas em uma dessas resoluções do CONFEA, que "Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia". Trata-se da Resolução Nº 218/73 do CONFEA que, em seus arts. 1º e 5°, destaca as atribuições relacionadas a atuação e responsabilidade técnica desse profissional, conforme segue:

Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades:
Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo;
Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

Art. 5º - Compete ao engenheiro agrônomo:
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesa sanitária; química agrícola; alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos, laticínios, vinhos e destilados); beneficiamento e conservação dos produtos animais e vegetais; zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e corretivos; processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; parques e jardins; mecanização na agricultura; implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia; bromatologia e rações; economia rural e crédito rural; seus serviços afins e correlatos.




Engenheiro Agrônomo


O agrônomo é o profissional que estuda, planeja e supervisiona a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, combinando conhecimentos de biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima, culturas e rebanhos, envolvendo um campo bem diversificado.
O constante crescimento do agronegócio na economia brasileira, responsável pelo aumento das exportações e dos empregos no Brasil, tem valorizado e muito o trabalho do agrônomo. O mercado encontra-se em alta, graças a esse avanço do agronegócio brasileiro no cenário internacional. Devido a isso, atividades ligadas às ciências agrárias se multiplicaram, como a medicina veterinária, a engenharia ambiental, a florestal e a zootecnia. Desta forma, áreas como a pesquisa de transgênicos e a biotecnologia oferecem muitas oportunidades, tal qual para os zootecnistas, que atuam no campo de melhoramento genético e na pesquisa de novas rações para animais, tendo em vista uma melhor produtividade das espécies.
Para exercer essa profissão, é necessário ter um bom trato com os números, ser curioso, gostar de atividades ao ar livre e de tecnologia e, além disso, ter disposição para enfrentar o trabalho inclusive no mau tempo, pois o agrônomo pode atuar em fazendas e cooperativas do setor agrícola e de produtos animais e, mesmo atuando em empresas, indústrias, instituições financeiras que tenham negócios ligados à atividade rural, o trabalho vai exigir dele o contato diretamente ligado ao campo.
Este profissional:
- estuda, pesquisa e aperfeiçoa a evolução genética das espécies vegetais, e pesquisa as enfermidades e as plantas em geral.
- faz investigações sobre cultivos agrícolas e pastagens, e elabora novos métodos de produção ou aperfeiçoa os já existentes.
- orienta a técnica agrícola: semeadura, plantio, adubação, melhoramento e aumento das espécies vegetais, colheita, armazenamento, combate às pragas, rendimento de produtos, reflorestamento, processos de irrigação e drenagem, regulagem das águas por meio de diques, barragens e canais.
- orienta e estuda a qualidade e o tratamento do solo.
- planeja a execução de construções rurais (edifícios agrícolas) e instalações de indústrias rurais.
- estuda métodos de prevenção de doenças das plantas.
- observa a adaptação dos cultivos às diferentes terras e climas.
- colabora com outros técnicos na construção de estradas e vias rurais.
Além de todas essas funções, o agrônomo precisa se adaptar às novas tecnologias, ter preocupação ecológica e responsabilidade social. Ele pode trabalhar em várias áreas, como em propriedades rurais (sítios, chácaras e fazendas), laboratórios e institutos de experimentação, indústrias (de fertilizantes, de ferro, couro, bebidas, alimentícias, farmacêuticas, extrativas), bancos e instituições de financiamento e investimento, Serviço Público, instituições científicas, de pesquisa, de consultoria, e curso superior (com pós-graduação).

Engenheiro agrônomo: o profissional de uma das ciências mais antigas do mundo
Sabrina Abreu - Ragga

 
 
Desde a pré-história, as técnicas de agronomia acompanham o homem e permitem que sua existência no planeta seja preservada. Já pensou nisso? Ela foi fator fundamental para que o homem deixasse de ser nômade/caçador, para se tornar sedentário/cultivador de alimentos. De lá para cá, a agronomia ganhou espaço dentro do mundo acadêmico. O primeiro curso data de 1986. A princípio, o mais importante era produzir o máximo de alimentos possível. Depois, passou-se a observar, também, a qualidade do que era produzido. Por fim, hoje em dia, a necessidade global alia a preocupação com quantidade e qualidade. É grande o desafio de alimentar toda a população mundial e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. Por isso, a profissão está em alta, é bem-valorizada pelo mercado. Além disso, é recompensador desenvolver uma carreira trabalhando diretamente com questões tão relevantes.

O curso se baseia em biologia e química. Entretanto, se você é do tipo que gosta dessas disciplinas, mas tem certa rejeição às ciências exatas, deve ficar ligado. A agronomia está muito perto da engenharia. Para aproveitar bem o tempo da faculdade, é preciso ter boa base de matemática. Na escola, o estudante aprende a criar e desenvolver projetos de irrigação e de construções rurais, como celeiros, por exemplo. Inclusive, já é bom saber: o bacharel em agronomia é um engenheiro agrônomo.

As novas tecnologias informatizaram a agronomia e criaram a demanda por profissionais mais preparados. O maquinário agrícola está cada dia mais moderno, é comum o uso do GPS nas plantações, e as sementes estão mais “turbinadas”, por meio do melhoramento genético.

Engana-se quem pensa que o profissional formado em agronomia está fadado a passar o resto de sua vida no campo. “Ele põe a botina e vai para a roça, mas também coloca o jaleco e vai para o laboratório”, explica Luiz Antônio Augusto Gomes, coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal de Lavras. Além disso, ele pode ocupar espaços noutros setores: das empresas públicas e privadas ao mercado financeiro. A agricultura é uma das grandes responsáveis pela geração de riqueza no Brasil e no exterior e o engenheiro agrônomo se beneficia disso, atuando como pesquisador, administrador, consultor analista de marketing, comércio exterior ou de outros setores.

O papel principal do engenheiro agrônomo é dar melhor condição de vida ao produtor e ao trabalhador rural, sempre respeitando a natureza. Tal ação favorece toda a sociedade, inclusive a parte dela que se concentra nas cidades, longe do campo.

O professor José Maria, coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) lembra que, apenas muito recentemente, a partir do ano 2000, a carreira passou a fazer sucesso entre os vestibulandos e a procura continua crescente. A razão? “A agronomia e outras faculdades correlatas está em alta e continuará assim por muito tempo, porque o Brasil é um país eminentemente agrícola. Produzimos para o mercado interno e externo. Podemos nos consolidar como o celeiro do mundo, o que aumentará nossa importância”, dimensiona o professor.

Quem se forma continua sempre estudando. A agronomia tem a especificidade de permitir que o profissional alie o estudo e a prática no dia-a-dia. Fazer pós-graduação, mestrado ou doutorado é boa idéia. Mas, independentemente disso, o engenheiro agrônomo recorre à pesquisa e aos livros em seus afazeres cotidianos, para verificar a melhor forma de manejar o solo ou a maneira ideal de armazenar um certo tipo de alimento. “Ao lado da medicina, a agronomia é uma das profissões que trazem mais estabilidade. Além disso, como o médico, o engenheiro agrônomo desempenha papel importantíssimo para a sociedade, cuidando não só das plantações como do solo, da água, dos animais que fazem parte do processo agrícola”, compara José Maria.

Quem marca um “X” em frente ao nome do curso de agronomia na ficha de inscrição do vestibular opta por uma profissão que se iniciou nos primórdios da história da humanidade. Se seguir em frente nessa escolha o engenheiro agrônomo poderá cooperar pra que as condições de vida no planeta sejam suficientes pra que várias outras gerações de homens e bichos convivam por aqui. Um desafio e tanto que só pode ser cumprido com estudo, dedicação e uma pitada de idealismo. Se você preenche esses requisitos, pode fazer o “X”. Sem receio.


VESTIBULAR

Minas Gerais tem tradição no curso. A Universidade Federal de Lavras e a Universidade Federal de Viçosa são duas das melhores escolas de agronomia do país.


QUANTO GANHA

Piso salarial: Oito salários mínimos e meio

TESTE

Vou ser agrônomo?

Acho que vou arrasar nessa profissão, porque...

a) Gostei da parte de usar botinas. Fiquei pensando em mil formas de customizar as minhas... Acho que umas borboletas roxas ou listras brancas cairiam bem.

b) Gosto de química, biologia, matemática e acho empolgante ter a oportunidade de construir coisas.

c) Amo a vida no campo: leite fresquinho, broa, doce feito no tacho, igual na casa da minha avó. Imagina comer esse lanchinho, a cada intervalo do trabalho!

Num dia típico de trabalho, o engenheiro agrônomo...

a) Auxilia o produtor e o trabalhador rural, pra que eles tenham lucro sem prejudicar a natureza.

b) Fica montado no cavalo, inspecionando as plantações, as pedras, as borboletas. O negócio é inspecionar.

c) A tecnologia revolucionou a agricultura. Então, acho que ele inspeciona as plantas, pedras e borboletas de dentro do carro. Não fala alguma coisa de GPS no terceiro parágrafo?

Só desanimaria de ser agrônomo se...

a) A preocupação atual com a produção de alimentos não levasse em consideração a importância de preservar o planeta.

b) Eu tivesse que trabalhar sempre na roça. Ia ficar com saudade de umas buzinas, de uns congestionamentos na hora do rush...

c) Fosse necessário estudar muito. Peraí: precisa estudar muito? Ixi...Tô fora!

Se marcou b/a/a, você tem futuro

Cadeia produtiva da mandioca na região de Aparecida do Rio Negro - TO Gestão: Protins

FONTE: Programa Jornal do Campo.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Notícias

Mapa e Bndes anunciam R$ 500 mil para médio produtor rural

Taxa de juros é de 6,25% ao ano, menor do que as praticadas no crédito rural convencional

por Globo Rural On-line
Divulgação BNDES
Mendes Ribeiro Filho e Luciano Coutinho participaram do encontro na sede do Banco (Foto: Divulgação/BNDES)
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Luciano Coutinho, anunciaram nesta segunda-feira (12/3) o aporte de R$ 500 milhões ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para financiar investimentos.

Com a medida, o governo garante contemplar os produtores rurais com renda bruta anual de até R$ 700 mil, que hoje têm dificuldade de acesso ao crédito rural, com taxa de juros de 6,25% ao ano, menor do que as praticadas no crédito rural convencional, e prazo de amortização de até oito anos, incluídos três anos de carência. O financiamento será limitado a R$ 300 mil por beneficiário, por ano agrícola.

Mendes Ribeiro destacou que a adesão do Bndes ao Pronamp permitirá o aporte de mais capital ao programa, que é operacionalizado por meio de agentes financeiros. “O médio de hoje é o grande de amanhã. O Bndes repassando esses recursos para os demais bancos vai permitir a capilaridade ao programa”, salientou o ministro.

O programa será operacionalizado pelo Bndes sob a “modalidade indireta”, que consiste em operações em que os agentes financeiros credenciados e o banco são os responsáveis pela análise e concessão do crédito. A medida cumpre um importante papel como programa intermediário entre os beneficiários do Pronaf, cujo limite de renda para enquadramento é de até R$ 110 mil por ano e àqueles atendidos pelas condições gerais do Crédito Rural.

A estimativa é de que o público potencial de enquadramento no Pronamp seja entre 250 mil e 300 mil produtores, incluindo aqueles que, pela evolução da renda, deixaram ou deixarão naturalmente de ser beneficiários do Pronaf. No ano passado, o governo deu um passo em direção a essa categoria de produtores ao assegurar que até 10% dos recursos obrigatórios do crédito rural sejam direcionados ao Pronamp.

 Entenda o Pronamp

Beneficiários: proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou parceiros que tenham, no mínimo, 80% de sua renda bruta anual originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal e possuam renda bruta anual de até R$ 700 mil
Modalidade: investimentos
Limite de crédito: R$ 300 mil por beneficiário, por ano agrícola
Encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 6,25 % a.a.
Prazos de reembolso: até oito anos, incluídos até três anos de carência

segunda-feira, 12 de março de 2012

Crea de Tocantins abre concurso para 123 vagas

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Tocantins (Crea-TO) abriu concurso para 123 vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior. São 19 vagas efetivas e 104 para cadastro de reserva. Os salários variam de R$ 622 a R$ 4.905.


Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Tocantins
Inscrições
Até 29 de março
Vagas
123
Salário
De R$ 622 a R$ 4.905
Taxa
De R$ 45 a R$ 75
Prova
29 de abril
Os cargos de nível superior são para administrador, analista jurídico, analista de sistemas, contador e profissional do sistema Crea/Confea.

As vagas de nível médio são para agente administrativo, agente de fiscalização, motorista e técnico de informática.

Os postos de nível fundamental são para agente de portaria, auxiliar administrativo, auxiliar de manutenção, auxiliar de serviços gerais e telefonista.

As inscrições devem ser feitas até o dia 29 de março pelo site https://www.msconcursos.com.br/index.php?aba=1. A taxa é de R$ 45 para nível fundamental, R$ 60 para nível médio e R$ 75 para nível superior.

A prova objetiva terá questões de língua portuguesa, legislação Confea/ Crea, legislação de trânsito, conhecimentos gerais e matemática. Também haverá redação para os cargos de nível médio e superior.

A prova será aplicada no dia 29 de abril na cidade de Palmas.